O olho seco é um problema de má lubrificação do olho que afeta as pálpebras, a película lacrimal, a conjuntiva e a córnea.
Trata-se de uma situação em que não existe produção suficiente de lágrimas ou em que estas não têm a qualidade necessária para manter os olhos saudáveis.
Mais de 10% dos adultos portugueses apresentam queixas de dor ou desconforto ocular na sequência deste problema.
As causas incluem o envelhecimento, fatores hormonais, tabagismo, alcoolismo, cirurgias oculares, abuso de lentes de contacto, toma de determinados fármacos, diabetes, hipertiroidismo, síndrome de Sjögren, pestanejar pouco, tumor na glândula lacrimal e falta de vitamina A.
Sensação de ardor ocular, rubor, sensação de areia nos olhos, pouca tolerância às lentes de contacto, mal-estar ao fixar os olhos num ponto (ao ler, a trabalhar no computador, a conduzir, entre outros) são alguns dos sintomas característicos na presença de olho seco.
Segundo José Salgado Borges, diretor do serviço de oftalmologia do Hospital de São Sebastião, em Santa Maria da Feira, a utilização de lágrimas artificiais e a realização de alguns exercícios oculares no dia a dia para descansar os olhos são algumas
técnicas recomendadas pelos especialistas para tratar este problema.
Alguns cuidados extra podem ser postos em prática. Tanto no verão como no inverno, é aconselhável usar humidificadores. A sua ultização é importante para evitar a secura ambiental provocada pelos aquecimentos, ar condicionado ou ventoinhas. O uso de óculos adequados para se proteger do vento ou do cloro das piscinas é importante. Também deve evitar os locais com fumo e tentar dormir oito horas. Deve incluir ácidos gordos ómega-3 (frutos secos e peixe azul) e vitamina A (espinafres, cenoura, fígado, entre outros) na sua alimentação.
Fonte: PREVENIR